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Grupo Trem da Viração

Grupo Trem da Viração

  O CD “Levanta poeira” marca a estréia fonográfica do grupo paulista.  Os seis integrantes da banda, entre músicos e poetas, são legítimos representantes do Vale do Paraíba e vivem nos arredores. Tudo começou ali no bairro do Souza, em Monteiro Lobato, onde jovens e adultos se acotovelam no arrasta-pé na beira da Serra da Mantiqueira.  Eles empunham seus instrumentos – alguns raros como a bandola – diante de uma multidão que sabe as letras de cor e solta o corpo no balanço de catiras, maxixes, sambas rurais e baiões.  A alegria, o ritmo contagiante, as letras inteligentes e bem humoradas, remetem-nos a alguns momentos dignos de Adoniran Barbosa, como nas faixas “Laurita foi viajar” e “Oriundo Zé Monteiro”, ambas de Déo Lopes.  Também é dele com Marcio Oliveira a canção que dá nome à banda. “Trem da Viração”, um maxixe muito suingado.  As faixas com pegada nordestina, muito bem representada pela divertida “O fotografista” e pela irônica “Caia mamão papaya”, são de Cauique Bonsucesso.  De incendiar o salão. A música que eles fazem difere do forró, embora atuem bastante nestes circuitos. É impossível ficar parado, por exemplo, com “Cantiga de rei”, parceria de Déo e Beto Quadros, uma catira estilizada com violas e percussões.  Ou então, “Água da mina”, que balançou o coração de Maria Bethânia numa audição em sua casa. “eu adorei o Trem da Viração”. “Acho que eles fazem o que desejam e isto tem um frescor encantado”, testemunha a cantora.  O Brasil vai conhecer em breve esses matutos que compõem tipos como o popular caipira ou Jeca Tatu, criação de Monteiro Lobato. Não por acaso foi no lugar que recebeu o nome do escritor onde surgiu este maravilhoso grupo. O Trem da Viração chegou para alegrar as festas da roça e na cidade!

Fabrício Conde

Fabrício Conde

Natural de Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira, o compositor e violeiro Fabrício Conde gravou três discos autorais e um DVD.  É apontando pela crítica como um dos maiores representantes da viola caipira da nova geração.  Seu trabalho, que alia sensibilidade e virtuosismo, já foi apresentado em várias cidades do Brasil e do exterior.  Como professor de viola caipira é convidado, freqüentemente, para ministrar aulas-espetáculo em diversas partes do país.  Participou do Circuito Nacional Syngenta de Viola Caipira, 2008/2009; recebeu o Prêmio de Excelência em Viola Caipira do Instituto Brasileiro de Viola Caipira, 2010; participou como palestrante e instrutor da 8ª Feira Internacional de Música, 2009; foi selecionado para o projeto RUMOS - Itaú Cultural, 2010/2012; teve suas músicas apresentadas pela Rádio BBC e pela revista Songlines na Inglaterra.  Foi diretor musical de diversos espetáculos teatrais e compositor da trilha sonora do filme Dulia.   É autor dos livros “Causos, histórias e um pouco mais...”(Franco Editora) e “O Caminho das Asas”(Roda & Cia.) selecionado pela FLINJ para feira literária de Bologna.